Cada vez mais, as empresas precisarão demonstrar transparência, assertividade e engajamento genuíno na solução de questões relacionadas à gestão dos aspectos ESG.

Uma análise mais aprofundada sobre as questões ESG mostra que pouco evoluímos no endereçamento da resolução de alguns dos problemas críticos da sociedade e do planeta, apesar de termos melhorado em algumas frentes.

A busca por um modelo de desenvolvimento sustentável não é novidade, mas algumas empresas vinham tratando o assunto como greenwashing (ou seja, disseminando resultados positivos que não eram apoiados por evidências mensuráveis).

Isso não será mais tolerado. Os diversos stakeholders (reguladores, clientes, fornecedores, ONGs, sociedade civil, profisissionais, governos, investidores e fomentadores de crédito) estão cada vez mais “separando o joio do trigo”.

Tanto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto o Banco Central (Bacen) baixaram resoluções segundo as quais as instituições financeiras devem inserir riscos climáticos, ambientais e físicos em suas avaliações de riscos do negócio.

A Resolução 59 da CVM instituiu, com vigência a partir de 2023, alterações nas ICVMs 480 e 481, incluindo a divulgação de práticas ESG nos Formulários de Referência, no viés de “pratique ou explique”.

Outros reguladores abriram audiências públicas para averiguar quais informações os stakeholders querem ver divulgadas pelas instituições financeiras e seus clientes. As novidades devem estar anunciadas até o final do ano.

Em âmbito internacional, haverá a divulgação das primeiras normas a serem requeridas na divulgação dos riscos climáticos e ambientais sobre os negócios. A audiência pública da SEC, nos Estados Unidos, encerrou-se em junho.

No mês seguinte, em 29 de julho, terminou a audiência pública das IFRS S1 e S2, que são as duas primeiras proposições (exposure drafts) do International Sustainability Standard Board (ISSB).

Ainda há muito por vir e ser regulamentado no Brasil e no mundo nos próximos anos. A questão principal é: os stakeholders deterão acesso a uma série de informações comparáveis.

Especula-se que a pauta ESG poderá influenciar, dentre outros fatores, as tendências de consumo, a atração e a retenção de talentos, as taxas de juros e os prováveis clientes, bem como sua relação com as marcas.

Em resumo: mais do que nunca, a transparência e a assertividade nas ações e divulgações relativas aos temas de ESG devem ser priorizadas pelos Conselhos de Administração e pela sociedade civil. 

  

  

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