Mais velocidade e estabilidade nas conexões, possibilidade de novas tecnologias e maior eficiência no setor de Telecomunicações: estas são algumas das expectativas que cercam a adoção da tecnologia 5G no Brasil, a partir de 2022. Na prática, o que isso significa?
Algumas respostas podem ser encontradas na pesquisa inédita Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo, realizada pela KPMG no Brasil com 110 executivos C-level (CFOs, CEOs, CTOs etc.), entre os meses de outubro e dezembro de 2021.
De acordo com o estudo, as empresas pretendem investir na rede nos próximos cinco anos: 56% dos respondentes afirmaram que o 5G está na agenda estratégica de suas organizações.
A pesquisa trabalhou com essa perspectiva de cinco anos porque, conforme informações oficiais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até 2029 a rede 5G estará disponível em todo o País.
Nesse sentido, de acordo com 71% dos respondentes, suas empresas trabalham com um cenário de uso do 5G em um prazo de até cinco anos. Outros 20% dos respondentes disseram que já estão investindo, e um percentual de apenas 1% afirmaram que não pretendem investir na rede.
Em relação aos investimentos na tecnologia 5G no Brasil, 25% das lideranças disseram que investirão até R$ 1 milhão; outros 15% devem investir entre R$ 11 e R$ 50 milhões.
Metaverso e outras possibilidades
O pleno aproveitamento das possibilidades trazidas pelo 5G requer infraestrutura adequada. Mas, quando efetivamente adotá-lo, o Brasil se tornará parte de uma “elite”, à qual pertence 1/3 dos países.
Ao permitir que vários dispositivos fiquem conectados simultaneamente, sem que isso sobrecarregue a rede, o 5G viabiliza o uso de novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT) e o Metaverso.
Apontado com a próxima etapa da internet, o metaverso promoverá a convergência das realidades física, aumentada e virtual em um espaço online compartilhado. Será possível desenvolver interações comerciais, sociais e outras.
Com a tecnologia 5G no Brasil, as empresas poderão oferecer experiências imersivas e integrativas para seus clientes com o uso de Realidade Aumentada (AR), por exemplo. Um novo patamar de sofisticação e, claro, de inovação.
Vale mencionar que experiências imersivas no metaverso, por exemplo, já estão presentes, de maneira experimental, nos universos do entretenimento e de games.
Tecnologia 5G no Brasil requer ajustes municipais
O Ministério das Comunicações afirma que 12 capitais brasileiras já têm a infraestrutura e a legislação necessárias ao funcionamento da rede. Outras cidades precisam se adequar à Lei Geral das Antenas (n° 13.116/2015).
Outro ponto que precisa de atenção é a conectividade das estradas. Para manter velocidade e estabilidade uniformes, será necessário eliminar as chamadas “sombras do 4G”, que poderão se tornar “pontos cegos”.
O edital da tecnologia 5G no Brasil não teve como objetivo abastecer o erário, mas impôs a exigência de implementação da rede em todas as capitais brasileiras até julho de 2022.
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