O Global Female Leaders Outlook (GFLO) é uma pesquisa anual conduzida pela KPMG. Na edição de 2023, fatores como resiliência, transformação digital e questões ambientais, sociais e de governança (ESG) estiveram em destaque.

Em sua mais recente edição, a pesquisa contou com as participações de 839 executivas de 53 países. Entre essas respondentes, havia 119 da América do Sul e 46 do Brasil, o que nos permitiu gerar recortes regionais com destaques específicos e muito importantes.

Um dos pontos destacados pelas mulheres no GFLO 2023 foi a resiliência. Em um mundo marcado por incertezas, esse atributo é um alicerce fundamental para o sucesso. É surpreendente (e muito positivo) constatar que 80% das líderes globais expressaram otimismo diante das oportunidades emergentes durante crises.

Esse otimismo também se expressa regionalmente, com 78% das participantes brasileiras e 75% das sul-americanas esperando crescimento para suas empresas nos próximos três anos.

As executivas também reconhecem que a transformação digital é uma questão imperativa para a continuidade e para o sucesso dos negócios, mas a abordagem predominante entre as respondentes não é a de uma estratégia agressiva, mas de adaptabilidade e foco na agilidade.

Por isso, 59% das executivas globais, 47% das sul-americanas e 60% das brasileiras não planejam ser as pioneiras (first movers) ou as seguidoras rápidas (fast followers) a implementar a transformação digital em suas empresas.

Colaborações entre empresas e a tomada de decisões rápidas sobre investimentos em digitalização se destacam no momento de enfrentar a diversidade de inovações tecnológicas: 76% das executivas globais, 71% das sul-americanas e 87% das brasileiras afirmam que precisam se tornar mais ágeis nas decisões de investimento digital.

Um dado que causa certa surpresa é a evidente autoconfiança das executivas frente à ameaça de um ataque cibernético: 64% das executivas globais e 49% das sul-americanas e das brasileiras se sentem bem ou muito bem preparadas para lidar com esse tipo de risco.

Os pilares ESG também ganham destaque, com um aumento significativo na demanda por transparência e relatórios. O aspecto ambiental é uma prioridade para 39% das líderes globais. Já o social é enfatizado por 41% das sul-americanas e 33% das brasileiras.

O impacto positivo das estratégias ESG nos negócios é esperado por quase metade das executivas em todas as regiões: 47% das executivas globais, 46% das sul-americanas e 49% das brasileiras esperam que os pilares ESG tenham impacto positivo no crescimento dos negócios.

As respondentes também reconhecem que prestar contas ao mercado acerca de informações não financeiras é cada vez mais importante. Por isso, 67% das respondentes globais, 71% das brasileiras e 51% das sul-americanas relatam aumento na demanda por relatórios e transparência em ESG.

Além de aspectos como a resiliência, a transformação digital e o ESG, a GFLO 2023 coloca ênfase na importância da liderança eficaz em cenários de policrise – e nos ganhos que as executivas já obtiveram e ainda esperam alcançar no ambiente de incertezas.

Liderança na policrise

A GFLO 2023 revela que a maioria das executivas experimenta ganhos positivos com os desafios da policrise; justamente por isso, muitas delas esperam que o cenário conturbado de hoje produza um efeito positivo em suas carreiras.

Os números falam por eles mesmos:

  • 72% das executivas globais, 81% das sul-americanas e 80% das brasileiras experimentam ganhos positivos com os desafios extraordinários da policrise;
  • 41% das executivas globais, 46% das sul-americanas e 56% das brasileiras esperam um efeito positivo da policrise em suas carreiras; e
  • 55% das executivas globais, 56% das sul-americanas e 54% das brasileiras exercem liderança estratégica no cenário de policrise.

É muito importante conferir o GFLO 2023 e seus respectivos recortes regionais na íntegra. Os temas abordados e as interpretações das respostas proporcionam uma visão holística, relevante e abrangente das perspectivas das líderes globais.

Em suma, os insights proporcionados por essas mulheres de negócios dão ênfase à resiliência, à transformação digital, ao foco em ESG e ao exercício da liderança na policrise como elementos-chave para o crescimento e o sucesso – tanto das próprias executivas, em suas carreiras, quanto das organizações que elas comandam. 

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