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Nos últimos anos, as regulamentações em torno da divulgação de práticas ESG têm se tornado mais rigorosas em resposta ao aumento de litígios relacionados ao tema. Nesse contexto, é fundamental debater os riscos de fraude ESG e a importância de enfrentá-los.

De acordo com o relatório da London School of Economics, entre junho de 2022 e maio de 2023, houve um aumento significativo no número de litígios ESG, com mais de 2.341 casos registrados, sendo que mais de 50% desses casos climáticos tiveram desfechos judiciais diretos.

Com base em tendências anteriores e nas regulamentações recentes, como a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D), aprovada pelo Parlamento Europeu em junho de 2023, espera-se um aumento desses litígios nos próximos anos.

A fraude ESG, também conhecida como “fraude ambiental, social e de governança”, pode ocorrer de várias maneiras, incluindo greenwashing, que se refere à divulgação de informações manipuladas e/ou enganosas sobre a performance ESG, induzindo stakeholders e shareholders a falsas conclusões.

Entenda o modelo Fraud Diamond

Para compreender como práticas ESG mal comunicadas podem levar à fraude, podemos utilizar o modelo do “Fraud Diamond”. Desenvolvido por David T. Wolfe e Dana R. Hermanson, esse modelo identifica quatro elementos que aumentam a probabilidade de fraude:

  1. Motivação: as razões para motivar fraudes podem incluir a pressão da administração para cumprir metas de sustentabilidade, a ligação da remuneração ao cumprimento de metas ESG e/ou a pressão para atender a compromissos de curto prazo.
  2. Oportunidade: a falta de métricas ESG claras e de sistemas de gestão robustos oferecem oportunidades para manipulação. Métricas vagas podem ser exploradas para induzir a conclusões distorcidas.
  3. Racionalização: os fraudadores podem justificar suas ações em nome do “bem maior” proporcionado pelas atividades da organização ou com o argumento de que “todo mundo está fazendo isso”. A racionalização torna a fraude aceitável aos olhos do fraudador.
  4. Capacidade: ter conhecimento do ambiente regulatório ESG, experiência em relatórios ESG e estar em posição de supervisão e gestão são condições que aumentam a capacidade de cometer fraude. Características pessoais, como confiança e persuasão, também desempenham um papel importante.

Prevenção, detectar e resposta à fraude ESG

Para prevenir, detectar e responder a fraudes ESG, as empresas devem compreender suas causas raízes, que incluem pressão regulatória e modelos de governança fragilizados. A devida diligência em terceiros é um mecanismo poderoso contra práticas fraudulentas, aumentando a credibilidade das informações divulgadas.

Consumidores, investidores, reguladores e ONGs estão atentos a alegações ESG falsas ou exageradas, e as consequências da fraude incluem danos à marca, multas e litígios. Os investidores também estão mais atentos aos critérios ESG.

Nesse cenário, em que as questões das mudanças climáticas ganham mais relevância para diferentes stakeholders e shareholders, a KPMG oferece serviços e soluções para assessorar as organizações na prevenção, detecção e resposta aos riscos de fraude ESG.

Com profissionais qualificados, os serviços e as soluções da KPMG incluem investigação de fraude ESG, serviços de diligência, avaliação de risco de fraude ESG, gestão de risco de terceiros, suporte no recebimento de denúncias e monitoramento independente.

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