A sustentabilidade e os critérios ESG (Environmental, Social and Governance) têm contribuído para redefinir as estratégias e o propósito corporativo das empresas japonesas, principalmente após os efeitos da pandemia da covid-19 e devido às novas demandas do mercado.

No artigo A Sustentabilidade e os Critérios de ESG como Prioridade na Agenda dos CFOs Japoneses, de Yoshinori Amano, sócio-diretor líder da Prática Japonesa da KPMG no Brasil e na América do Sul, são apresentados alguns dos principais fatores relacionados ao tema e que estão no radar dos executivos da área de finanças no Japão neste novo cenário econômico.

ESG como parte integrante da criação de valor

A partir das transformações do mercado pós-pandemia, o peso das demandas de ESG tem se tornado mais significativo e, atualmente, os seus pilares são um referencial para a elaboração de qualquer estratégia organizacional que pretenda ser bem-sucedida e gerar valor para seus acionistas.

Segundo o estudo KPMG Japan CFO Survey 2021[1], os CFOs (Chief Financial Officers) japoneses estão muito interessados em ESG e começam a ver os fatores não financeiros como componentes essenciais na criação de valor corporativo.

Entre os executivos entrevistados, as principais preocupações em termos de sustentabilidade são a gestão do capital humano (77%), as mudanças climáticas (69%), a diversidade (53%) e o capital intelectual (34%).

Sustentabilidade é prioritária para estratégia corporativa

Em relação às mudanças climáticas, segundo a mesma pesquisa, 46% dos CFOs participantes garantiram que suas empresas estavam incorporando ativamente as recomendações da Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TFCD).

Entre os pontos de maior atenção, estavam a medição e gestão das emissões de gases de efeito estufa (34%), a descarbonização das fontes de energia (30%), o investimento em fontes renováveis (22%) e a priorização das mudanças climáticas como estratégia de negócios (32%).

Paralelamente, 64% dos CFOs japoneses indicaram que os aspectos relacionados à sustentabilidade são uma prioridade para a sua estratégia de negócios.

No entanto, ainda há muito a ser feito nesse sentido. Entre os líderes japoneses entrevistados, 54% admitiram não saber projetar e executar atividades de gerenciamento de riscos vinculando os fatores de sustentabilidade relevantes.

Critérios não financeiros estão no radar dos CFOs

Apesar da lacuna ainda existente entre os executivos a respeito do conhecimento das questões de ESG, a pesquisa mostrou que boa parte dos CFOs (46%) já têm uma boa percepção sobre o assunto e concorda que a implementação de avaliações e classificações sobre o tema aumentará os custos de financiamento, devido à adoção mais ampla de avaliações de ESG por investidores institucionais.

Os dados do estudo refletem a transformação pela qual a função de CFO está passando. O reconhecimento dos fatores não financeiros e critérios de ESG como partes centrais de uma nova maneira de gerenciar os riscos e impulsionar a criação de valor corporativo demonstra que as mudanças devem incorporar todas as estratégias de negócio da empresa hoje e para o futuro.

[1]  KPMG. KPMG Japan CFO Survey 2021. 2021.

  

  

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