ESG para líderes

Esta é a 6ª edição da nossa newsletter mensal sobre temas da agenda ESG.

O entrevistado deste número é Bill Thomas, global chairman e CEO da KPMG International.

Nós perguntamos a ele sobre a importância do International Sustainability Standards Board (ISSB) e do estabelecimento de normas internacionais para que as empresas elaborem relatórios integrados de sustentabilidade.

Confira os insights e as reflexões de Bill Thomas no nosso blog ESG para líderes!

No texto, você encontrará o nosso quiz sobre temas que sua empresa deve estar discutindo, exemplos inspiradores de como a agenda ESG está sendo implementada, nossas publicações, cursos e tendências.

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Aproveite e nos diga quais temas você gostaria de ver nas próximas edições.

Quiz ESG

Um estudo da ONU mostrou que cerca de 20% da população mundial não têm acesso à água potável, e cerca de 40% não dispõe de água suficiente para uma estrutura adequada de saneamento básico e higiene. O mesmo estudo indica que o Brasil detém cerca de 12% da água doce superficial disponível no planeta e 28% da disponibilidade nas Américas, distribuídas de forma irregular.

Neste sentido, sabemos que a atual crise hídrica não é consequência apenas de fatores climáticos e geográficos, mas, principalmente, do uso irracional da água. A falta de uma gestão responsável sobre os recursos hídricos afeta diretamente o desenvolvimento sustentável de um país e sua população. Se fosse bem feita, essa gestão poderia surtir efeitos na erradicação da pobreza e da fome, na saúde pública, na segurança alimentar, na energia hidrelétrica, na agricultura e no desenvolvimento rural, entre outros inúmeros exemplos.

Embora não esteja no patamar ideal, a gestão dos recursos hídricos no Brasil evoluiu ao longo do tempo. Hoje, temos uma preocupação maior com o uso sustentável da água, mas ainda não é suficiente.

Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), a demanda por uso de água no Brasil deve aumentar em 30% até 2030. Isso significa dizer que para que o País não passe por crises hídricas no futuro, pesquisadores, empresas e órgãos públicos devem buscar soluções para evitar o desperdício, entre elas, o aproveitamento da água da chuva, reuso, construções sustentáveis, dessalinização e outras medidas.

O Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, lançado no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, também propõe a busca de soluções baseadas na natureza (SbN), que usam ou simulam processos naturais, como alternativas na gestão da água no mundo.

Por isso, em tempos de mudanças climáticas que resultam na escassez hídrica, iniciativas do setor privado, em colaboração com os órgãos públicos, são essenciais para realizar uma gestão responsável da água, de modo que garanta recursos hídricos suficientes para as gerações futuras.

Nossa pergunta:

Sua empresa tem estratégias que permitam realizar uma boa gestão de recursos hídricos?

ESG na prática


No Brasil


A ONU lançou a 7ª edição do Empoderando Refugiadas, um projeto que fomenta o acesso de mulheres em situação de refúgio ao mercado de trabalho brasileiro, por meio de capacitação, sensibilização do setor privado e interiorização voluntária para outras cidades. Na edição anterior, a iniciativa formou uma turma de 70 mulheres e os resultados do projeto são ainda mais relevantes quando se considera o perfil das participantes: entre elas, estão refugiadas com deficiências, com mais de 50 anos ou LGBTQIA+. Com isso, só em 2021, 40 famílias foram contratadas por empresas dos mais diversos setores no Brasil. Nesta edição, o projeto terá duração de maio até dezembro, visando inserir mais 80 mulheres refugiadas no mercado de trabalho brasileiro.

Para expandir o engajamento do setor privado na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que integram a Agenda 2030, a ONU criou a iniciativa Ambição 2030. Em evento realizado em São Paulo, com a participação de mais de 200 CEOs, acionistas e investidores, a organização apresentou os grandes movimentos que pretendem acelerar o cumprimento da Agenda 2030. Essas ações são um chamado do projeto para que as empresas brasileiras reconheçam a urgência e a necessidade de assumir compromissos públicos para promover iniciativas concretas, com metas verificáveis.

Pensando em apoiar o setor empresarial com mais visibilidade, dados e evidências para fortalecer os compromissos e as ações em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Pacto Global desenvolveu a plataforma Observatório 2030. O programa inclui o monitoramento de dados públicos empresariais relacionados à Agenda 2030, além da produção de conhecimento estratégico sobre o avanço do setor nos ODS. A plataforma realiza o acompanhamento da evolução das empresas de forma anual, fornecendo indicadores identificados por um grupo de especialistas renomados.

Ao longo dos últimos anos, o Programa Semear Internacional tem sido uma ferramenta-chave de gestão do conhecimento para identificar, sistematizar, divulgar experiências bem-sucedidas e boas práticas agrícolas implementadas no semiárido nordestino. Essas experiências nas áreas de agrofloresta, preservação da biodiversidade e investimentos em infraestrutura de captação de água, permitiram que a população rural da região vivesse e prosperasse aliando conhecimentos e práticas tradicionais às novas tecnologias. Em 2022, o programa encerra suas atividades após beneficiar mais de 93 mil pessoas, gerando uma segurança alimentar nutricional e a diminuição da pobreza no meio rural. Para as atividades do programa, o público prioritário é composto por mulheres, jovens e comunidades tradicionais da região.

Doze anos após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o Brasil ainda recicla apenas cerca de 3% do seu potencial, o que significa dizer que mais de 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados por ano têm como destino aterros sanitários. De olho nesses indicadores, empresas brasileiras começaram a adotar soluções tecnológicas para revolucionar a reciclagem no País. Hoje, 6 mil empresas utilizam o serviço de certificadoras de logística reversa, visando reduzir passivos ambientais gerados pelo lixo. Por meio de uma plataforma de rastreabilidade, são emitidos certificados às empresas que adotam essa prática sustentável – e que se destacam na preferência dos consumidores atentos a marcas que priorizam a reciclagem.

E por falar em reciclagem: as estações Capão Redondo e Campo Limpo, da Linha 5-Lilás, na capital paulista, se tornaram pontos para a coleta de óleo de cozinha usado. Fruto de uma parceria entre a concessionária responsável pela operação e manutenção da linha Lilás do metrô e uma empresa de preservação do meio ambiente, a campanha coleta as garrafas de óleo, recicla e transforma em biodiesel! O valor arrecadado com a venda do óleo reciclado será destinado a uma associação, localizada na zona leste de São Paulo, que atua com projetos que visam a garantia de direitos de crianças, adolescentes e suas famílias. A iniciativa tem como base a logística reversa e, como proposta final, visa a conscientização da população sobre ações sustentáveis, ensinando sobre a importância da destinação correta de resíduos e da reciclagem. Os usuários do metrô têm até o dia 15 de julho para levarem seus frascos.

Após uma longa jornada pelo congresso, finalmente foi sancionado o marco legal da microgeração e minigeração distribuída. A nova lei traz mais segurança jurídica para o setor e a população, ao aderir à GD por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS), destinado a financiar a instalação de geração por fontes renováveis para consumidores de baixa renda. O marco legal da geração distribuída ainda cria espaço para negócios em prol do desenvolvimento socioambiental. Isso porque, além de aliviar o bolso do consumidor, segundo o estudo da International Renewable Energy Agency, para limitar o aumento da temperatura do planeta em 1,5°C é necessário que as energias renováveis alcancem uma participação de 90% no mix elétrico mundial até 2050. Agora, foi dada a largada para diversificar ainda mais a matriz energética do País.

No Mundo

A Universidade de Stanford, na Califórnia, está criando uma nova escola de sustentabilidade: a Stanford Doerr School of Sustainability, que começa seu ano letivo em setembro. Com uma doação de US$ 1,1 bilhão – a maior já feita para a universidade – a escola se concentra em três áreas: clima, terra e sociedade, contando com departamentos tradicionalmente ligados à ciência do clima, com ênfase em colaborações interdisciplinares para “desenvolver políticas de curto prazo e soluções tecnológicas”. A escola já nasce com a missão de estudar as mudanças climáticas, através de seu instituto do meio ambiente e da nova entidade que está sendo desenvolvida para tratar de temas como infraestrutura econômica e políticas de transição para um cotidiano sustentável.

Ainda nos Estados Unidos, o país assinou uma ordem executiva para expandir os esforços de seu governo para enfrentar a crise climática, conservar a biodiversidade, e fortalecer as economias locais. A Ordem Executiva reconhece a necessidade urgente de identificar soluções que mitiguem as mudanças climáticas, priorizem e restaurem a natureza, protejam o patrimônio cultural, e forneçam meios de subsistência, economias prósperas e resilientes. Incluída na Ordem está ainda a orientação-chave para as agências identificarem e medirem o valor da natureza. O Escritório de Gestão e Orçamento emitirá orientações de avaliação para ajudar as agências a contabilizar melhor os serviços prestados pelos ecossistemas e pelo meio ambiente. Em apoio, o Escritório de Política de Ciência e Tecnologia e o Departamento de Comércio continuarão liderando uma iniciativa interinstitucional para melhorar e atualizar informações básicas sobre o valor econômico dos ativos naturais existentes e novas soluções baseadas na natureza.

Qual é a contribuição das empresas para o bem-estar das pessoas e para o meio ambiente? Um projeto destinado a medir impactos dos negócios no bem-estar da população e na sustentabilidade compartilha algumas das lições da agenda "Além do PIB" com a comunidade de organizações, empresas, investidores e formuladores de políticas de gestão. Por meio da mensuração de seus impactos, as organizações e os investidores podem compreender melhor suas contribuições para a sociedade e para o meio ambiente, levando em consideração essas informações nos processos de tomada de decisão. A iniciativa visa medir o desempenho não financeiro das organizações, esclarecendo o significado e a prática da gestão de impacto, e garantindo que haja coerência entre os recursos de gestão e os processos políticos relacionados às finanças sustentáveis ​​e divulgações de sustentabilidade.

Há um claro consenso global sobre a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, por meio de ações de mitigação e adaptação. Há, também, uma responsabilidade especial nas organizações filantrópicas, que detêm ativos para o bem comum e influência para enfrentar tal desafio. Pensando nisso, foi criado o movimento internacional “Philantrophy for Climate”, um compromisso de organizações filantrópicas, de diversas áreas, que desejam desempenhar um papel no enfrentamento dessa emergência climática. O movimento acredita que reduzir drasticamente as emissões e se adaptar às mudanças climáticas trazem oportunidades para novas indústrias, bons empregos, um ambiente mais limpo, maior biodiversidade e melhor bem-estar – mas também envolvem custos significativos. Por isso, o setor pode ajudar a trazer essas mudanças, garantindo que todos tenham acesso equitativo às oportunidades decorrentes da transição para uma economia de baixo carbono.

É nítida a crescente pressão liderada por investidores para a divulgação consistente sobre os impactos nos direitos humanos. Por outro lado, as demandas das partes interessadas também estão reafirmando que a divulgação deste tipo de impacto é fundamental para a forma como as empresas demonstram responsabilidade. Um estudo mostrou que o modo como as empresas quantificam suas ações em relação aos direitos humanos está se tornando um elemento cada vez mais central nos relatórios ESG. Essa mudança significa um grande avanço, uma vez que as divulgações sobre os impactos nos direitos humanos agora estão expressamente incluídas nos Padrões Universais, devendo ser aplicadas a todas as organizações.

Um relatório produzido a pedido da Comissão Europeia faz recomendações para melhorar a transparência do mercado de carbono. O documento fornece uma análise aprofundada da negociação de licenças de emissão e derivados dessas licenças, além de incluir recomendações para melhorar a transparência e o monitoramento do mercado. Algumas das principais conclusões do regulador incluem características de mercado, que indicam que as posições longas em derivativos de carbono são detidas principalmente por entidades não financeiras para fins de hedge, enquanto a maioria das posições curtas são detidas por bancos e empresas de investimento que fornecem liquidez e financiamento de carbono. O mercado também é caracterizado por um nível significativo de negociação algorítmica e de alta frequência. Vale a leitura para saber mais.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Para nossa rede

A pressão sobre o nosso ambiente natural aumentou substancialmente ao longo do tempo. Pensando nisso, a KPMG divulgou um estudo que mostra o que os conselhos e executivos devem saber sobre riscos e oportunidades relacionadas à natureza, lançando o projeto  “Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza” (TNFD). Mesmo antes da divulgação final da estrutura TNFD, em setembro de 2023, existem etapas que as organizações já podem tomar agora para garantir uma vantagem inicial na medição e gerenciamento de riscos relacionados à natureza. Fique por dentro!

A KPMG desenvolveu uma prática global para mudanças climáticas e descarbonização, que pode fornecer soluções líderes aos clientes, trabalhando em colaboração na jornada para um futuro de baixo carbono. A estratégia de risco climático e descarbonização desenvolvida pela KPMG inclui a criação de financiamento de baixo carbono e oportunidades de investimento, previsão estratégica, valor operacional para descarbonização e muito mais.

Na luta contra mudanças climáticas, o capital humano forma um dos pilares-chave. Os compromissos assumidos pelas empresas e outros grupos da sociedade para enfrentar o problema dependem diretamente do envolvimento humano, essencial para a obtenção de resultados efetivos. Por isso, o estudo “Climate Change and the People Factor”, produzido pela KPMG e pela Eversheds Sutherland, tem como foco as pessoas que atuam em organizações corporativas – responsáveis pela grande maioria das emissões de carbono. A pesquisa explora como os funcionários são incluídos no plano de descarbonização das empresas e, com base nas perspectivas de mais de mil líderes globais, os resultados indicam uma lacuna potencial entre os objetivos de zero emissão líquida de gases de efeito estufa (GEEs) e as estratégias de gestão de pessoas implementadas para alcançá-los. As empresas que devem ter maior êxito no enfrentamento das mudanças climáticas são aquelas que abraçam a inovação, o que demandará a integração de diversas percepções dos funcionários e de outros públicos.

Em todo o mundo, países e territórios procuram fazer a transição para uma economia 'verde' com baixo teor de carbono, socialmente inclusiva e eficiente em termos de recursos. Mais de 68% do PIB global já está coberto pelas metas Net Zero, cujo foco principal tem sido reduzir as emissões de CO2 ou gases de efeito estufa (GEEs) globais o mais próximo possível de zero por meio da descarbonização. Porém, as metas Net Zero de empresas e países só podem ser alcançadas com a etapa adicional de remoção de carbono da atmosfera. Para atingir essa meta, o potencial de carbono 'azul' dos oceanos deve ser desbloqueado. Para ajudar nisso, a KPMG preparou o relatório “A riqueza (azul) das nações”, explorando temas como: a dinâmica da oferta e da demanda para remoção de carbono; as barreiras restantes para o desenvolvimento de compensações de remoção de carbono azul; e recomendações de alto nível para que os governos percebam melhor a riqueza de carbono azul de suas nações.

Nossas operações

O Departamento Federal do Meio Ambiente da Austrália contratou a KPMG para avançar no trabalho de divulgação de riscos da natureza (TNFD), bem como para examinar as opiniões de associações da indústria e outros grupos de interesse neste tema. A líder global de capital natural e biodiversidade da KPMG Austrália, Carolin Leeshaa, afirmou que seu papel será "para realizar consultas de mercado aprofundadas" sobre rascunhos de recomendações globais para divulgações comerciais de riscos e dependências da natureza.

Em uma operação em prol da conservação de reservas legais e áreas de preservação permanente na Amazônia, a KPMG se uniu a um projeto que vai estruturar a emissão de CPRs Verdes — títulos de crédito para financiar atividades que geram benefícios ambientais em propriedades rurais — e de créditos de carbono, adaptando para a gestão de ativos ambientais uma plataforma criada para auditar plantações de soja. A plataforma funciona da seguinte forma: ao fotografar uma árvore com um tablet é possível medir diâmetro, altura e estoque de carbono digitalmente. Além disso, é possível gravar sons de animais, identificar espécies e medir a quantidade de água no bioma, proporcionando a quem adquire os títulos outras possibilidades de compensações ambientais além do carbono, como biodiversidade e pegada hídrica, por exemplo.

Existem importantes iniciativas de definição de padrões e relatórios em andamento para melhorar a confiabilidade da contabilidade de carbono. No entanto, ainda há problemas de qualidade de dados, inconsistências de medição e relatórios, além dos desafios de infraestrutura digital. Sem esses avanços, é difícil comparar, combinar e compartilhar dados confiáveis, principalmente para empresas. Para enfrentar esse desafio mundial, a KPMG se tornou signatária cofundadora da iniciativa global “The Carbon Call”, dedicada a promover qualidade na contabilidade de carbono em todo o planeta. O objetivo do projeto é descobrir e abordar lacunas nos sistemas globais de contabilidade de carbono existentes, com foco na remoção de carbono e no setor terrestre, metano e emissões indiretas, mobilizando ações coletivas, investimentos e recursos para chegar no melhor resultado.

Para saber mais sobre nossas ações alinhadas com nossas metas ESG, acesse o portal da KPMG IMPACT!

Conhecimento em pauta

O treinamento executivo em ESG, oferecido pela KPMG, é dedicado a preparar executivos e executivas que desejam compreender mais sobre os riscos ambientais, sociais e de governança, reforçando a importância de aplicar estes princípios nas organizações.

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Tendências

- Para descarbonizar setores poluentes, o uso do hidrogênio como fonte de energia vem ganhando importância mundial. No Brasil, a descarbonização começa a chamar atenção dos legisladores com a apresentação recente do projeto de lei 725/22 que insere o chamado ‘hidrogênio verde’ na matriz energética brasileira. O País ainda conta com um diferencial: um potencial para a produção de hidrogênio verde elevado, dada a vantagem que dispõe para a produção de energia proveniente de fontes limpas. Entre os principais pontos do projeto estão a inserção do hidrogênio como vetor energético para a transição para uma economia de baixo carbono, estabelecer a obrigação de adição de hidrogênio no ponto de entrega ou saída nos gasodutos de transporte (nos percentuais de 5%, a partir de janeiro de 2032, e 10%, a partir de 2050), entre outras metas.

- A Organização das Nações Unidas decretou o período de 2021 a 2030 como a “Década da Restauração dos Ecossistemas”, criando um esforço mundial para combater as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a degradação dos serviços ecossistêmicos e promover a equidade. Com este propósito e com olhar para a Caatinga, um bioma rico em espécies adaptadas à seca, pesquisadores de universidades federais brasileiras, em parceria com o World Resources Institute (WRI), mapearam as “Áreas Prioritárias de Restauração da Caatinga”. A proposta do estudo foi identificar áreas que, se restauradas, ajudariam na recuperação de espécies de plantas atualmente ameaçadas de extinção e permitiriam que estas e outras espécies se adaptem às mudanças climáticas esperadas para o bioma. O estudo ressalta que o mapeamento das áreas prioritárias de conservação pode ser usado pelos órgãos públicos, ou, até mesmo, por proprietários privados nesta década de restauração.

- Em Amsterdã, uma invenção pode salvar os canais da cidade da poluição plástica: o “The Great Bubble Barrier” é uma tecnologia criada por mulheres holandesas que cria bolhas na água tornando mais fácil a captação de lixo plástico. O mecanismo funciona de forma simples e não bloqueia a passagem de barcos e sequer causa danos à fauna marinha. Desenvolvido para rios e canais, a ideia é coletar todo tipo de resíduos antes que eles cheguem ao mar e aos oceanos. Após o sucesso na fase de testes, a prefeitura de Amsterdã acaba de instalar o modelo no canal Westerdok. O objetivo é que ele esteja em funcionamento durante três anos, 24 horas por dia. Por ano, operações de barcos em Amsterdã removem cerca de 42 mil quilos de lixo flutuante nas vias navegáveis ​​da cidade e, com a instalação da barreira, a gestão espera reduzir significativamente tais resíduos.

- Em busca de mitigar a disparidade, o Movimento Raça é Prioridade busca melhorias sociais em diferentes frentes. Na prática, a iniciativa trabalha para atingir mais de 1,5 mil empresas comprometidas em promover mais de 15 mil pessoas negras (incluindo indígenas, quilombolas, ou pertencentes a outro grupo étnico socialmente vulnerável) em cargos de liderança até 2030. Além disso, o movimento também visa capacitar mais de 20 mil pessoas negras em soft e hard skills, e diminuir a diferença de remuneração entre os grupos étnicos-raciais socialmente vulneráveis e brancos. A ação terá um pilar específico de inserção, desenvolvimento e ascensão dessas pessoas, através de parcerias para a capacitação técnica, fomento à empregabilidade e um banco de talentos para as empresas acessarem e atualizarem.

- Depois de ser adiado por um ano pela pandemia, o Rock in Rio estará de volta em 2022 com um grande investimento: o palco Mundo, o principal do evento, terá 100% da sua estrutura proveniente de aço reciclado! Neste ano, o evento terá a maior estrutura desde a primeira edição do festival e, para a nova versão do palco, serão usadas 200 toneladas de aço 100% reciclado, vindo de guitarras ou outros instrumentos musicais, equivalente à fabricação de 200 carros. Os organizadores do festival querem colocar cada vez mais o foco em soluções em prol do meio ambiente. Para isso, o Rock in Rio criou um plano de seis metas até 2030 que, entre os objetivos, inclui a eliminação do desperdício alimentar e de resíduos em aterros.

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Esperamos que a leitura tenha sido inspiradora.

Aguardamos suas sugestões de pauta!

esg-faleconosco@kpmg.com.br

Nelmara Arbex

Sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Marcio Barreto

Sócio de ESG e Risk Advisory da KPMG no Brasil

Sebastian Soares

Sócio-líder de Governança Corporativa da KPMG no Brasil

Eliete Martins

Sócia de Governança Corporativa e SOX da KPMG no Brasil

Luis Wolf Trzcina

Sócio-líder de ESG & Tax da KPMG no Brasil

Alan Riddell

Sócio-líder de Assessoria em Reestruturação Financeira da KPMG no Brasil

Kin Honda

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

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