Renovação, propósito, tecnologia e crescimento. Essas são as palavras que norteiam a agenda dos CEOs do setor financeiro em todo o mundo, como constatou a pesquisa Global Banking CEO Outlook. O levantamento, desenvolvido pela KPMG, apresenta as principais estratégias e visões para o futuro de 135 líderes empresariais de diversos países, entrevistados em 2021.

No estudo, foi possível constatar que, apesar do cenário econômico marcado por incertezas, os executivos estão otimistas sobre as perspectivas de crescimento de suas organizações, motivados pela integração do propósito corporativo e dos valores nas estratégias de negócio.

Propósito como alavanca para o crescimento

O otimismo presente na visão de futuro da liderança da indústria de instituições financeiras tem um motivo. A associação entre incorporação do propósito de maneira efetiva nas organizações e crescimento está fundamentada na geração de valor a longo prazo para os stakeholders.

O resultado dessa equação é uma perspectiva positiva de evolução conjunta das empresas e das necessidades de seus públicos. Um exemplo dessa percepção é que, nos próximos três anos, 89% dos CEOs entrevistados enxergam o propósito como fator de maior impacto na alocação de capital, alianças e estratégias de fusões e aquisições (M&A).

Adaptação digital

A aceleração da transformação digital a partir da pandemia da covid-19 mudou radicalmente o setor de instituições financeiras. Com novas demandas e ofertas de serviços bancários e modificações nas preferências dos consumidores, a adaptação às tendências e a novos modelos de negócio se tornaram o foco principal dos CEOs dessa indústria.

Por isso, os executivos ouvidos pelo estudo reconhecem a necessidade de transferir o investimento para oportunidades digitais. Cerca de 67% deles investiram mais recursos para a aquisição de novas tecnologias em 2021. As instituições financeiras perceberam que o elemento digital é um componente fundamental para o entendimento amplo de seus clientes.

Transparência e ESG em foco

E não é só a tecnologia que está no radar dos CEOs do setor. As questões de ESG (Environmental, Social and Governance, ou ambiental, social e governança, em português) estão no topo da maioria das estratégias e projetos das organizações.

A razão dessa priorização é que há uma expectativa de que as empresas causem um impacto positivo em diversas questões globais. Os líderes de instituições financeiras entendem a necessidade crescente de se concentrar nas prioridades de ESG e estão dedicando investimentos significativos para se tornarem mais sustentáveis.

Há ainda a demanda por transparência e responsabilidade em relação a esses fatores. Em 2021, 58% dos CEOs de bancos observou uma demanda significativa dos stakeholders pelo fornecimento de relatórios sobre questões de ESG.

Um entrave, no entanto, dificulta a comunicação dessas informações aos públicos de interesse. Não há ainda um acordo global para padronizar esses relatórios, resultando em uma ampla gama de padrões de divulgação. Isso deve mudar com o International Sustainability Standards Board (ISSB), que irá desenvolver os padrões de divulgação de sustentabilidade de acordo com as IFRSs.

Para os próximos anos, a mensagem clara dada pelos líderes do setor é que há uma necessidade de transformação sustentável que incentive o crescimento de longo prazo. As organizações precisarão ser ágeis e inovadoras, ao mesmo tempo que colaboram com os stakeholders para garantir a resiliência em cenários turbulentos.

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