"The European Champions Report 2019"

"The European Champions Report 2019"

Receitas comerciais do FC Porto aumentam 43%. Plantel dos dragões avaliado em €232 milhões.

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Em 2017/2018 as receitas comerciais do FC Porto registaram um aumento de 43%, atingindo os 38,1 milhões de euros, o equivalente a 36% do volume de negócios. As receitas provenientes das transmissões televisivas também tiveram um impacto relevante durante a época, atingindo um valor de 54,6 milhões de euros, ou seja 52% do total do volume de negócios. De assinalar é a dependência do FC Porto dos proveitos da Champions.

Estas são algumas das conclusões da terceira edição do "The European Champions Report 2019" apresentado esta semana pela KPMG. O estudo analisou e comparou os indicadores de desempenho dos clubes campeões nas oito principais ligas europeias de futebol. Foram ainda observados os parâmetros financeiros, o desempenho nas redes sociais e o valor de mercado dos jogadores mais relevantes dos campeões das oito principais ligas europeias da temporada 2017/2018: FC Barcelona, FC Bayern München, FC Porto, Galatasaray SK, Juventus FC, Manchester City FC, Paris Saint-Germain FC e PSV Eindhoven.

Em relação ao FC Porto, as transmissões televisivas dos jogos mereceram destaque, com o estudo a sublinhar a assinatura do novo acordo entre o FC Porto e a Portugal Telecom, afiliada da Altice, que entra em vigor a partir de 2018/2019. Assinado em 2015, este acordo tem um valor total de cerca de 458 milhões de euros e inclui o direito de utilizar espaço publicitário no Estádio do Dragão. 

No cenário europeu, as participações em competições de topo continuam a ser fundamentais para os clubes. Neste requisito o FC Porto foi o clube a registar a maior dependência das competições da UEFA entre os oito clubes campeões abrangidos neste relatório: os prémios monetários recebidos pela presença na UEFA Champions League (30,9 milhões de euros) representam quase 30% do volume total de negócios.

O relatório da KPMG revela que os clubes das ligas com menor visibilidade internacional e com um mercado de transmissões televisivas local menor dependem mais dos montantes provenientes dos grandes torneios da UEFA, em particular da Liga dos Campeões. Para estes clubes, a participação nestas competições é fundamental para aumentar as receitas de curto e médio prazo.

Com receitas operacionais a atingirem 105,8 milhões de euros (um aumento de 7% em termos homólogos), o FC Porto está em penúltimo lugar em relação aos restantes campeões europeus, no que concerne a receitas. No topo deste ranking, para o universo de análise, está o FC Barcelona, com receitas operacionais de 689 milhões, seguido do FC Bayern München, com 596 milhões de euros. Em último lugar está o PSV Eindhoven, com 62 milhões de euros.

A KPMG estima que o objectivo do FC Porto em querer ser sempre campeão nacional, contribui para um aumento de 8% nas despesas anuais com pessoal, para um valor de 84,8 milhões de euros. Este número resulta num rácio custos de pessoal/receitas operacionais de 80% para o FC Porto, o segundo mais alto depois do FC Barcelona, entre os oito clubes analisados. 

A política de transacção de jogadores do FC Porto também tem tido impacto nos resultados financeiros. As vendas de André Silva e Ruben Neves, para o AC Milan e Wolverhampton FC, respectivamente por 38 e 16 milhões de euros, representam o exemplo do modelo de negócio do clube, baseado em adquirir e formar jovens jogadores para serem vendidos com lucro.

Os oito campeões em 2017/2018

O relatório agora divulgado também fornece informações sobre o valor de mercado das oito equipas europeias, baseado na Player Valuation Tool da KPMG, através da qual se estima o valor de mercado dos jogadores. Dados de 1 de Janeiro de 2019 mostram que o Manchester City apresenta o plantel mais valioso entre os campeões europeus (1.182 milhões de euros). A nível de jogadores, Neymar é o mais valioso (229 milhões de euros), seguido de Kylian Mbappé (215 milhões de euros) e Lionel Messi (203 milhões de euros). Cristiano Ronaldo não surge nesta lista já que o seu clube em 2017/2018, o Real Madrid, não foi campeão da liga espanhola.

O "The European Champions Report 2019" da KPMG conclui que os principais clubes de futebol europeus estão a aumentar as suas receitas operacionais, impulsionadas pela expansão das suas actividades comerciais, apesar dos crescentes custos com pessoal. As receitas comerciais representam os proveitos mais relevantes para seis dos oitos clubes europeus analisados. Embora Juventus e FC Porto sejam as duas únicas excepções neste contexto, registaram um crescimento homólogo deste indicador de 21% e 43%, respectivamente.

O campeão alemão, FC Bayern München, foi o clube com melhor performance em termos de crescimento das receitas comerciais, alcançando 316 milhões de euros. Em contrapartida, as receitas operacionais da Juventus diminuíram ligeiramente, em 2%, em particular devido a uma campanha menos bem-sucedida na UEFA Champions League, onde foi eliminada nos quartos-de-final pelo Real Madrid. O PSV Eindhoven apresenta uma queda de 28% nas receitas, devido, mais uma vez, principalmente ao facto de não ter participado na fase final de uma competição europeia.

Outras conclusões

  • O FC Barcelona apresenta um recorde de 562 milhões de euros com custos de pessoal, o maior aumento face ao ano anterior (42%), apesar do seu rácio custos de pessoal/receitas operacionais de 81%.
  • Cinco dos oito clubes analisados apresentam resultados positivos antes de impostos. As excepções são Galatasaray, Juventus e FC Porto.
  • O Galatasaray apresenta o maior aumento de receitas no último ano (19%), seguido do Paris Saint-Germain (12%).
  • O 11 mais valioso, entre os campeões europeus em 2017/2018: ter Stegen (FC Barcelona); Jordi Alba (FC Barcelona); Umtiti (FC Barcelona); John Stones (Manchester City); Kimmich (FC Bayern München); Coutinho (FC Barcelona); Pjanic (Juventus); De Bruyne (Manchester City); Neymar (Paris Saint-Germain); Messi (FC Barcelona); Mbappé (Paris Saint-Germain).

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