O conhecimento cada vez maior das cadeias de abastecimento e o escrutínio dos fornecedores são, para o diretor de Corporate, Risk Consulting da KPMG Portugal, uma tendência que não deixará de existir – Martim Santos destaca a circularidade como uma das oportunidades, porque "implica uma atuação concertada de todos os elementos da cadeia."

Qual é a definição de uma cadeia de abastecimento resiliente e rentável?

É uma pergunta desafiante, uma vez que hoje vivemos num contexto com uma dinâmica cada vez mais imprevisível em termos dos riscos e dos impactos nas cadeias de abastecimento, e cujas mudanças se operam num espaço temporal muito curto. Podemos estar a falar de fatores regulamentares – como a introdução de taxas de carbono, a interdição ou limitação de circulação de veículos com mais emissões, entre outros –, tecnológicos, físicos – motivados pelas alterações climáticas, por exemplo – ou ainda outros fatores externos imprevisíveis, como os conflitos geopolíticos, a pandemia, etc. A chave é a capacidade de adaptação e flexibilidade.

O que é hoje uma cadeia de abastecimento resiliente e rentável pode deixar de o ser se não forem implementados os mecanismos que permitam gerir estas mudanças. Uma cadeia de abastecimento resiliente não é uma cadeia infalível, mas, sim, uma cadeia com capacidade de reagir rapidamente às dificuldades.

Martim Santos

Por cadeia de abastecimento, não estamos apenas a falar dos fornecedores de primeira linha, mas todos os que, em última instância, sejam críticos para que possa vender o meu serviço ou produto.


Martim Santos
Diretor de ESG

Artigo de Martim Santos, Diretor de ESG, publicado a 22 de dezembro de 2023, na revista 2050 Briefing.

Martim Santos

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