Bancos – Implementação dos requisitos de imparidade da IFRS 9

Implementação dos requisitos de imparidade da IFRS 9

As redes globais de contabilidade emitiram orientações para ajudar as comissões de auditoria a supervisionar esta implementação.

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KPMG's Global IFRS Institute | GPPC guidance for banks on implementing IFRS 9 Financial Instruments | Image: A powerboat cruising through the water

As comissões de auditoria precisam de ser activas e de promover uma governação forte, que permita uma implementação robusta.

A nova norma de instrumentos financeiros (IFRS 9) irá entrar em vigor daqui a 18 meses e irá exigir um grande esforço e utilização de recursos – bem como julgamento significativo – para ser implementada.

É uma das mudanças mais importantes na área de contabilidade que muitos bancos já enfrentaram e as comissões de auditoria irão desempenhar um papel de supervisão extremamente importante durante a fase de implementação e nos tempos que se seguirem.

Num acto completamente inédito, as seis maiores redes de contabilidade a nível mundial1 – BDO, Deloitte, EY, Grant Thornton, KPMG e PwC – publicaram um documento em conjunto, que tem como objectivo ajudar as comissões de auditoria dos bancos a cumprir com as suas responsabilidades.

O documento irá ajudar os dois grupos-chave que serão experimentais assegurando uma elevada qualidade na implementação da IFRS 9:

  • Os responsáveis pela governação, que irão estabelecer o nível e supervisionar a implementação, incluindo os controlos relacionados; e
  • A área financeira, de gestão de risco, o IT e outros executivos, que serão responsáveis pela implementação dos novos requisitos.

Este artigo é direccionado às comissões de auditoria de bancos sistematicamente importantes, mas os princípios também se aplicam de maneira proporcional a outros bancos e instituições financeiras. Baseia-se em alguns dos temas já delineados pelos supervisores bancários.

Os desafios da implementação

Para além da exigência de divulgações transparentes sobre imparidade, os novos requisitos de imparidade representam três desafios específicos que os bancos necessitam de abordar para manter a confiança dos investidores e de outros stakeholders nos seus relatórios financeiros.

 

Maior complexidade para preparadores

De acordo com a IFRS 9, os bancos terão de provisionar as perdas de crédito esperadas (ECLs). Embora esta noção seja amplamente intuitiva, poderá ser mais difícil para as comissões de auditoria compreender a aplicação detalhada, bem como as implicações no sistema e no controlo.

O artigo orienta as comissões de auditoria para as principais questões de implementação.

 

Variedade de abordagens e resultados

As abordagens baseadas nos princípios da IFRS 9 têm como objectivo atender à diversidade de organizações dentro do seu âmbito de aplicação, não prescrevendo métodos específicos detalhados.

Seleccionar técnicas e estimar as perdas de crédito esperadas envolve um elevado grau de julgamento por parte da gestão, e os métodos podem variar entre as instituições.

O artigo descreve os factores que os bancos devem ter em consideração no desenvolvimento das abordagens de implementação e fornece algumas abordagens como exemplo. Também enfatiza a importância de uma governação forte e de controlos sobre a forma como o julgamento é exercido.

 

É necessário tempo e esforço para a implementação

Restam apenas 18 meses até à data de entrada em vigor da IFRS 9. Os programas de implementação podem ser vastos, complexos e caros, pelo que as comissões de auditoria têm de começar a ser proactivas.

Principais áreas de enfoque

O artigo identifica as principais áreas onde as comissões de auditoria bancárias se deverão focar, incluindo:

  • Recomendações para a governação e âmbito dos controlos de modo a fornecer uma supervisão clara;
  • Factores a considerar aquando da determinação da sofisticação das abordagens do modelo a adoptar; e
  • Considerações de transição.

O artigo ilustra também os princípios-chave dos modelos para exemplificar uma abordagem de implementação sofisticada – sublinhando conceitos e parâmetros importantes. Explica também considerações a ter em conta para abordagens mais simples e fornece exemplos de práticas que não estão em conformidade.

Próximos passos

O artigo apresenta dez perguntas-chave para as comissões de auditoria discutirem com a gestão – se ainda não o começaram a fazer, agora é a altura certa.

A informação do artigo é de natureza geral e os bancos terão de realizar mais análises para aplicar a norma às suas próprias circunstâncias. É esperado que as seis maiores organizações de contabilidade utilizem, cada uma, este artigo aquando da avaliação da qualidade da implementação da IFRS 9 por parte de cada banco.

Os bancos terão também de pensar como irão implementar outros requisitos da IFRS 9, tais como a classificação e mensuração de instrumentos financeiros, contabilidade de cobertura e divulgações relacionadas.

Saiba mais

Encorajamos os executivos dos bancos e os membros dos conselhos de administração a ler o artigo e a considerar de que forma irão incorporar as suas recomendações nos planos de implementação da IFRS 9. O nosso guia rápido do artigo e um anúncio estão disponíveis para download.

Visite a nossa página IFRS – Financial instruments hot topics para conhecer os últimos desenvolvimentos acerca do modelo de contabilidade de ECL da IFRS 9.

E visite também a nossa página IFRS for Banks hot topics para conhecer os últimos desenvolvimentos acerca das IFRS que têm um impacto directo nos bancos e as potenciais implicações contabilísticas e requisitos regulamentares.

 

 

1 Representado pelo Global Public Policy Committee (GPPC).

 

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