Para além dos acontecimentos dos últimos dois anos, o primeiro semestre de 2022 trouxe novos desafios macroeconômicos para os conselhos de administração, impactando as agendas de prioridades.

Entre eles, volatilidade econômica, inflação, disrupções nas cadeias de suprimentos, instabilidade geopolítica e mudanças no ambiente regulatório marcaram o cenário dos negócios no início deste ano.

A publicação Agenda do Conselho de Administração 2022: considerações para o segundo semestre, produzida pelo ACI Institute e o Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, analisa alguns desses tópicos e a sua influência sobre as estratégias e o planejamento corporativo.

Volatilidade econômica

Maior instabilidade geopolítica e seus desdobramentos econômicos somam-se à lista de fatores para serem considerados pelas companhias ao tomarem decisões. A desaceleração econômica global e a crescente inflação afetaram diretamente a avaliação de prioridades nos conselhos de administração.

No Brasil, as instabilidades decorrentes de um ano de eleições polarizadas ampliam, ainda mais, os desafios do momento atual para conselheiros e demais lideranças corporativas.

Instabilidade nas cadeias de suprimentos

Com as diversas interrupções nas cadeias de suprimentos, como consequência da pandemia e da fragilização das relações internacionais, muitas empresas estão reavaliando suas estratégias de supply chain e atualizando as matrizes de riscos e vulnerabilidades.

As mudanças objetivam melhorar a resiliência e a sustentabilidade das cadeias de abastecimento.

Novas regras para divulgações corporativas relacionadas ao ESG

No final de 2021, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a Resolução CVM 59, que trouxe para as empresas abertas novos requisitos para a divulgação de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), incluindo riscos climáticos e diversidade. Em março de 2022, a Resolução CVM 87 alterou e determinou a republicação das novas regras para divulgações relacionadas ao clima para companhias abertas brasileiras.

Globalmente, o interesse contínuo dos investidores e as pressões dos stakeholders estimulam a adoção de novas diretrizes para relatórios corporativos relacionados às mudanças climáticas. Essas questões devem estar no radar de prioridades do conselho de administração, especialmente no que diz respeito às comunicações estabelecidas com seus públicos estratégicos, aos riscos e às oportunidades para o negócio.

Dinâmicas de trabalho revisadas

As relações de trabalho foram impactadas pela pandemia e, com isso, emergiu o desafio estratégico de optar pelo melhor formato para desenvolver as atividades produtivas de maneira equilibrada – remoto, híbrido ou presencial.

Para o conselho de administração, as decisões sobre o tema precisarão estar alinhadas com as expectativas dos funcionários e os objetivos e valores da empresa – uma equação nem sempre fácil de ser resolvida.

Foco em ESG

Com a abertura de capital de várias organizações brasileiras no ano passado, as questões de governança ganharam destaque durante a temporada de assembleias. Além disso, com a atualização das regulações em ESG, a adaptação das companhias às novas regras de divulgação e a adequação de processos e controles internos deve estar na pauta das lideranças. 

  

  

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