Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, a gestão de riscos eficaz tem se tornado uma prioridade para Administradores e as organizações. Antes mesmo da pandemia ter sido totalmente superada, o início do conflito militar na Ucrânia abalou ainda mais o cenário geopolítico e de mercados, contribuindo para o aumento da incerteza global e da inflação.

Os ataques cibernéticos e a dependência de fontes energéticas não renováveis, como o gás natural russo, são ameaças que ganharam destaque recentemente e têm preocupado as lideranças corporativas. No Brasil, a instabilidade político-econômica em um cenário de eleições polarizadas adicionam riscos locais para as empresas brasileiras.

Em meio a tantos desafios e incertezas, a sétima edição da publicação Gerenciamento de Riscos: os principais fatores de risco divulgados pelas empresas abertas brasileiras, produzida pelo ACI Institute e o Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG no Brasil, analisou informações divulgadas nos formulários de referência de 279 empresas abertas no país para identificar as principais preocupações das companhias sobre a gestão de riscos.  

Regulamentações e condições econômicas e de mercado no radar

As instabilidades do cenário geopolítico e os desafios de um ano de eleições polarizadas em um ambiente de muitos debates sobre reformas estruturais no país são refletidos na percepção de riscos das empresas brasileiras.

Nesta edição do estudo, os riscos regulatórios foram os mais mencionados, citados nos formulários de referência de 95% das companhias analisadas. O levantamento também mostra que as condições econômicas e de mercado nacionais e internacionais foram mencionadas, respectivamente, por 94% e 65% das organizações. 

Fatores socioambientais e saúde pública estão entre as principais preocupações

Além de representarem uma oportunidade significativa, as questões socioambientais também se destacam como uma das principais preocupações do ambiente corporativo. Neste ano, a publicação revelou que 71% das empresas abertas no país consideram esses fatores entre os riscos de negócios – um dos 25 itens mais mencionados no levantamento.

A médio e longo prazos, com a consolidação de parâmetros internacionais para divulgações corporativas relacionadas ao ESG, a tendência é que a menção a esses fatores não só aumente, mas também se torne mais transparente e completa. O maior foco deve ser na divulgação integrada de riscos ambientais, sociais e de governança (Enviromental, Social and Governance - ESG).

As preocupações com questões de saúde pública também estão entre as prioridades. Os riscos associados a Covid-19, pandemias e saúde pública, que aparecem pela segunda vez entre as categorias do estudo, foram mencionados por 72% das empresas. Com esse percentual, o risco ficou em 11º lugar no ranking dos riscos mais citados (na edição anterior do estudo, esse fator apareceu nos formulários de referência de 57% das empresas, ficando em 21º lugar).

Ambiente virtual, ameaças reais

Outro ponto de destaque é o aumento considerável das companhias que mencionaram riscos relacionados à Tecnologia da Informação. Nesta edição, 79% das empresas analisadas relataram esse fator, em comparação a 67% no levantamento anterior.

Com o aumento da digitalização, a expansão dos ataques cibernéticos e do uso do 5G, da realidade virtual e aumentada e do metaverso, a tendência é que os riscos que envolvem tecnologia cresçam de maneira significativa.

Conteúdo relacionado

Entre em contato conosco

conecte-se conosco

Meu perfil

Conteúdo exclusivo e personalizado para você