O setor de petróleo e gás tem atuado em um ambiente incerto e volátil nos últimos meses. Com flutuações constantes na demanda e nos preços e questões geopolíticas, em que um fornecedor global ou outro ameaça cortar o fornecimento, há surpresas e riscos diariamente.

No artigo Principais riscos enfrentados pelo setor de petróleo e gás em 2022, publicado na primeira edição da Drilling Down Magazine, produzida pela KPMG, são detalhados os principais riscos que ameaçam o setor de petróleo e gás em 2022 e apresentadas algumas ações que podem contribuir para que as empresas dessa indústria se preparem para este cenário.

Múltiplas variáveis indefinidas, múltiplos resultados potenciais

Outros fatores também afetam as empresas do setor. O impacto de longo prazo da pandemia da covid-19, por exemplo, ainda é sentido, devido aos problemas nas cadeias de suprimentos.

Além disso, os os esforços crescentes de descarbonização da produção industrial e outras operações e a pressão ativista sobre as mudanças climáticas têm afetado de maneira significativa os resultados do setor de petróleo e gás.

A situação incerta da oferta mundial de petróleo

Do lado da demanda, os preços de energia mais altos decorrentes da crise da Ucrânia poderão ter um efeito dominó sobre o crescimento econômico internacional. Por enquanto, ainda estamos vivenciando um mercado de petróleo reduzido, embora muitos prevejam um excedente crescente a partir do segundo semestre do ano.

Geopolítica exerce pressão sobre o setor

A Guerra da Ucrânia levou diversos países a imporem sanções econômicas à Rússia, o que prejudicou a oferta e os preços do gás, especialmente na Europa, devido às reduções das vendas de gás russo.

O temor agora é que os combates interrompam volumes muito maiores de gás, mantendo os preços altos e prejudicando o crescimento econômico da região neste ano.

O desdobramento do conflito no longo prazo terá implicações significativas para a matriz energética da Europa nos próximos cinco ou dez anos. No entanto, há previsões otimistas e pessimistas sobre o tema.

A linha de pensamento pessimista afirma que a Europa atrasará a implementação de algumas de suas políticas energéticas de transição verde para evitar problemas de curto prazo no abastecimento.

Já a linha otimista prevê que essa vulnerabilidade motivará os países da União Europeia a acelerar o ritmo de sua transição para as energias renováveis e limpas, a fim de que a região se distancie da dependência do gás russo.

Sete elementos fundamentais para preparar sua empresa para o inesperado

Para que as organizações estejam mais bem preparadas para 2022, são elencadas a seguir sete iniciativas para orientar as estratégias de ação:

  1. Desenvolver um plano de ESG (Environmental, Social and Governance - ambiental, social e de governança, em português) para abordar as preocupações dos investidores e dos stakeholders.
  2. Revisar o manual de crise da empresa e verificar se ele inclui todos os prováveis cenários futuros e sua atualização.
  3. Revisar a política de gerenciamento de risco de commodities.
  4. Entender como a legislação proposta e as ações governamentais podem afetar a empresa.
  5. Construir relacionamentos: desenvolver conexões com todos os stakeholders relevantes, como consumidores, governos, reguladores e a sociedade em geral.
  6. Organizar as cadeias de suprimentos, revisar a sua configuração atual e avaliar como as possíveis interrupções podem ser reduzidas, além de ampliar a resiliência para responder a situações adversas.
  7. Avaliar a segurança cibernética, pois os riscos de ataques virtuais ainda são subestimados no setor de petróleo e gás.

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