Impulsionado pelas mudanças climáticas, o potencial de produção de hidrogênio pela América Latina tem atraído a atenção dos países da região. Com abundância de recursos naturais e condições favoráveis para a produção de energias renováveis, o bloco se destaca pelo seu potencial para transitar para uma economia de baixo carbono.

Pela necessidade global de reduzir as emissões poluentes, o hidrogênio de baixo carbono, especialmente o verde, já conta com uma grande quantidade de projetos em diferentes fases de desenvolvimento em diversos países latino-americanos.

A publicação A Produção de Hidrogênio com Tecnologias Limpas para Acelerar a Transformação Energética na América Latina, produzida pela KPMG, apresenta alguns dos principais números e estatísticas sobre a oferta, demanda e preços de hidrogênio, as suas perspectivas futuras e o papel da América Latina nesse setor.

A energia do futuro: uma transição para o baixo carbono

O hidrogênio é um combustível que pode ser produzido por meio da utilização de diferentes fontes de energia e tecnologias. Apesar dos esforços legítimos para reduzir os custos para sua geração, essa não é a sua principal característica.

A vantagem em sua adoção reside no fato de que o hidrogênio pode ser gerado a partir de fontes renováveis em grandes quantidades, favorecendo a descarbonização. Por isso, ele é conhecido como o combustível do futuro.

Isso ocorre porque os custos de produção das energias renováveis para a geração de eletricidade e daqueles associados às tecnologias utilizadas para gerar hidrogênio limpo (especialmente com o uso de eletrólise) têm caído.

América Latina: grandes produtores de hidrogênio em destaque

Argentina, Brasil e Chile estão despontando como os produtores mais baratos de hidrogênio até 2050, segundo publicações especializadas sobre o tema. Por isso, uma estratégia regional integrada é recomendada para políticas domésticas, planejamento e condições regulatórias, legais e financeiras adequadas para estimular os investimentos nesse combustível.

O contexto atual é propício para que a América Latina tenha um papel fundamental na difusão do uso do hidrogênio, pois além de contar com recursos naturais e fontes renováveis, a região deve se tornar uma referência regional na produção e exportação futuras do combustível.

Cooperação para promover a transição energética

Para estimular essa transição energética, será necessário que os governos da região promovam novos marcos legais e políticas adequadas, estimulem os investimentos em hidrogênio e forneçam o apoio público e o financiamento necessários para desenvolvê-los.

Em um setor que se encontra na fase inicial de desenvolvimento, também será importante a cooperação e a conexão internacional, como a disponibilidade e o acesso ao financiamento público.

O papel que cada país adotará para o desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono dependerá do caminho percorrido para a adoção das energias renováveis. Isso exigirá uma estratégia regional integrada para facilitar e promover investimentos para o desenvolvimento desse combustível.

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