Retomada de investimentos e tecnologias emergentes. As decisões sobre infraestrutura em 2022 no Brasil exigirão esses dois elementos. Com crises e recuperações previstas para este ano, devido às oscilações da covid-19, o setor passará por um período de oportunidades, mas com incertezas e novos desafios.

Essa é uma das reflexões do estudo Panorama do Setor e Tendências em Infraestrutura no Brasil 2022, produzido pela KPMG. A publicação contribui para apoiar as lideranças a alcançarem uma visão mais abrangente com análises relevantes para a indústria no País.

No estudo, é apresentado ainda o cenário brasileiro atual nos principais segmentos de infraestrutura: aeroportos, rodovias, ferrovias e portos, além de perspectivas sobre mobilidade urbana e principais tendências para o setor.

Brasil ainda apresenta carências em infraestrutura

A falta de investimentos na última década e as obras inacabadas desencadearam uma necessidade emergencial na agenda de privatizações. O governo federal, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos, já investiu R$ 797,4 bilhões.

Além disso, a adoção de tecnologias emergentes e a revisão da qualificação de equipes e seus processos, para eliminar as lacunas de produtividade, complementam os desafios brasileiros para avançar no desenvolvimento do setor.

O cenário de investimentos em infraestrutura no Brasil é promissor e apresenta oportunidades. O governo vem instituindo medidas provisórias e novas regulamentações que facilitam a interação e a tomada de decisões com a iniciativa privada.

Além do avanço na regulamentação dos setores, há oportunidades com foco na eficiência operacional e na gestão inteligente de dados. Com o apoio da tecnologia, é possível alavancar receitas para toda a cadeia de ativos das organizações no segmento de infraestrutura e para o País.

Digital derruba barreiras para expandir negócios

Ao longo de 2021, grande parte das organizações do setor renovou seus esforços para a transformação digital. Dados, análises e tecnologias emergentes foram e ainda estão sendo usados para melhorar o ciclo de planejamento e desenvolver novos ativos e serviços.

A incorporação do digital nas operações de infraestrutura – de sistemas integrados de gerenciamento de ativos até novos métodos de pagamento ganhou força. Da integração de dados do back office até o front office ao envolvimento com usuários e clientes, espera-se que as empresas comecem a ter uma visão abrangente e de longo prazo a respeito da digitalização.

Desequilíbrio na cadeia de suprimentos e novas demandas de moradia requerem atenção

A instabilidade econômica dos últimos dois anos demonstrou que as cadeias de suprimentos modernas são frágeis, sobrecarregadas e vulneráveis a uma ampla gama de choques externos e internos. Em 2022, prevê-se que algumas das restrições de oferta que atualmente afetam a economia mundial sejam abrandadas.

Já em relação às soluções de moradia, a intensificação dos modelos de trabalho remoto e híbrido gerou dois movimentos: o primeiro, daqueles que decidiram migrar para cidades menores, e o segundo, com os profissionais que se mantiveram nos grandes centros.

O desafio, portanto, é entender como desenvolver ativos que sirvam aos dois caminhos e fazer isso ao mesmo tempo que temas como sustentabilidade ambiental e planejamento urbano são abordados.

No setor de infraestrutura, que gera impactos em diversos aspectos (sociais, ambientais, governamentais e regulatórios, entre outros), o entendimento das principais tendências é crucial para a continuidade das operações. 

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