Debater tendências e perspectivas em infraestrutura na América do Sul demanda uma reflexão sobre os acontecimentos que marcaram o mundo nos últimos dois anos. Chegamos, sem dúvida, a um ponto de inflexão.

Em 2020, teve início a pandemia de covid-19. A crise sanitária resultou em problemas econômicos e, consequentemente, na queda do PIB global (superior a 3%) e em aumentos consideráveis nas taxas de desemprego e pobreza.

O surgimento das vacinas em 2021 impulsionou uma trajetória de recuperação, que deverá continuar neste ano. No entanto, ainda precisamos lidar com uma realidade que se impõe em âmbito mundial: todos os setores produtivos foram afetados.

Na infraestrutura, é fundamental que a recuperação seja consistente e sustentável. Globalmente, e a América do Sul não é exceção, temas ambientais, sociais e de governança (ESG) tornaram-se prioritários e figuram como estratégias de negócios.

Mudanças expressivas na infraestrutura sul-americana

Novos padrões de consumo e novas modalidades trabalhistas e sociais surgiram com a pandemia. Por isso, são esperadas mudanças significativas, tanto na carteira de projetos que os países buscam implementar quanto no destino dos investimentos.

Há muita ênfase em convergir e antecipar as necessidades imediatas e futuras dos usuários com maior precisão. Também mudou a proposta de valor das cidades, que terão que se redefinir mediante os novos hábitos.

Cresceram a propensão a se afastar dos grandes centros e a necessidade de um ambiente digital seguro. As cadeias de suprimentos resilientes, focadas em ser mais domésticas e diversificadas, ganharam relevância.

No planejamento de infraestrutura, essas tendências se expressam em projetos de melhorias em redes elétricas e de conexão com a Internet, bem como em iniciativas destinadas a melhorar segurança cibernética.

Projetos de baixa complexidade

Considerando as crises sociais e econômicas preexistentes à pandemia e os efeitos que ela teve nos países sul-americanos, a nova realidade é propensa à realização de projetos de infraestrutura de baixa complexidade.

A América do Sul também está trabalhando na migração de suas matrizes energéticas para fontes mais limpas; além disso, necessita de uma agenda focada em construir confiança entre investidores locais e estrangeiros.

Resumidamente, as tendências e perspectivas em infraestrutura na América do Sul passam pelo desafio de enquadrar seus projetos em três conceitos fundamentais: sustentabilidade, resiliência e novos modelos de financiamento

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